Surgida em 1988 a garrafa plástica de polietileno conquistou o mundo como opção leve e barata, em substituição às embalagens de vidro. Mas com o passar do tempo as montanhas de plástico sem utilidade e que levam milhares de anos para se decompor no meio ambiente, passaram a exigir projetos de reutilização.
Desde então, o mercado tem buscado continuamente soluções tecnológicas de aprimoramento à reciclagem. A novidade do momento vem de um consórcio europeu que promete aumentar a taxa de reciclagem dos polímeros, começando pelo PET.
Com índice de reciclagem de cerca de 60% na Europa, a reciclagem do PET é bastante complexa, até mesmo pela alta disseminação do uso do produto pelo mundo todo. O processo também envolve vários sistemas de identificação de origem, o que desperdiça grande parte do material passível de reaproveitamento.
Daí a importância da nova tecnologia desenvolvida no projeto Polymark, que é formado por várias associações de recicladoras, institutos de pesquisa e tecnologia e grupos industriais europeus, envolvendo toda a cadeia de valor do plástico, com apoio de um fundo da União Europeia.
Desenvolvido para maximizar a reutilização de plástico reciclado o sistema consegue, com muita rapidez e mecanicamente, distinguir com sucesso os plásticos que tiveram ou não contato com alimentos. Para fazer isso, são usados marcadores químicos colocados no revestimento da garrafa ou em etiqueta.
O marcador é sensibilizado por emissão de luz e depois flagrado por câmeras. A partir daí, o sistema encaminha as garrafas PET para a reciclagem correta. Depois da seleção, os marcadores são retirados nas próprias máquinas de lavagem de recicláveis.
O sistema garante pureza de 98%. Representantes do projeto garantem que as tecnologias de triagem baseadas em sensores possuem a chave para permitir a economia circular para plásticos.
Assista ao vídeo que explica o funcionamento da máquina (em inglês):